terça-feira, 20 de outubro de 2009

Listening music

Sinto como se bebesse vinho. Aqui, eis o momento
perfeito para encontrar aquele meu caderno perdido, no qual eu rabisco
minhas idéias insanas.
Uma música fascinante aqui, e eu fecho os olhos.....músicas têm um poder
imenso sobre mim. Elas invadem minha alma, tomam conta dos meus
sentidos, e posso jurar entrar numa espécie de transe.Minhas pupilas se
dilatam, e eu respiro.
E percebo estar respirando. Simplesmente me canso de ser na maioria das vezes tão automática, tão pronta.
Eu quero mais.
Meu sangue parece ferver, e aguardo a explosão mais colorida e vibrante que minhas idéias possam me trazer.

domingo, 28 de junho de 2009

A Desculpa.

Sempre planejo minhas desculpas com requintes de detalhes, por que sou detalhista e irritantemente perfeccionista. Eu, leonina típica, adoro olhares sobre mim. Talvez todos gostem, mas eu, me delicio. Lembrei-me então de ironicamente chamar a mim mesma, naquela conversa crítica com o espelho, de a cereja do bolo. Fui irônica, porém, cerejas agradam meus sentidos. São belas, a pronúncia harmoniosa, suculentas, de aroma e sabor intensamente provocantes. Mas, no bolo!?! Tão comuns. Tão óbvias. Esqueçam, eu posso ser qualquer coisa menos óbvia. E pensei, taí uma coisa que destoa. Cereja com cerveja. No martini, talvez. Na cerveja, não, apesar da pronúncia semelhante. Pareceu-me algo como a guerra dos sexos. A suavidade e volúpia x a descontração rude. Acho que nem consigo explicar o que este nome provoca em mim, só consigo mesmo sentir. Foi o suficiente para inventar este "aqui".
Onde eu quero falar de mim, do mundo através dos meus olhos, do que penso, desejo e sinto.
Na verdade não sei nem mesmo se merece explicação a criação deste cantinho do absurdo. Minto que é apenas uma nova forma de escrever meus delírios além de uma folha de papel. Mas sinceramente, isto vai muito além. Existe algo de exibicionista em mim. E meu desejo, ainda que receoso de que alguém possa encontrar meus cadernos e que principalmente, tenha a curiosidade de lê-los,  me causa uma agradável sensação de estar sendo observada. E aquele medo de que se descubra o que eu sinto, me estimula ainda mais a me esconder atrás das minhas verdades. Tão nuas que se parecerão mentiras. E por me revelar sempre mais do que eu deveria, mais uma vez sentirei o prazer de me sentir enfim culpada.