sexta-feira, 1 de março de 2013

Mudança

No canto da sala, do espaço, dos pássaros;
Música passageira no rádio, contrasta o concreto inerte.
Caixas empilhadas, mofando molhadas, de uma chuva que já foi faz tempo.
Resignada eu me encaixo.
Novas músicas vão tocando, e eu já nem sei dançar.
No meio dessa bagunça, eu me sento, eu me levanto, no dilema de expor, guardar. Egoísmo e preguiça.
Uns dois quadros já na parede, os outros esperando vontade.
Eu me enquadro.
E fico cada vez mais sólida, cheia de pontas. Quadrada. Em vão.
Solidez. Solidez.